Guia de compras inteligente: cinco dicas para evitar o consumo exagerado no fim de ano

No mês de dezembro as compras aumentam por causa das festas e se gasta mais do que deveria. O especialista Pedro Camargo, autor do livro "Eu compro, sim! Mas a culpa é dos hormônios", dá algumas sugestões para resistir à tentação do consumo. Veja como não entrar no vermelho neste fim de ano - e nunca mais!

No período de ovulação, as mulheres costumam comprar mais (Foto: Think Stock)
Resistir às compras é uma tarefa difícil, não? Ainda mais para as mulheres que costumam cair nas tentações do consumo. No fim do ano, os gastos aumentam: presentes de Natal para a família, amigos, namorado, chefe; vestido para o Ano Novo; produtos para o verão... Muitas vezes, compra-se mais do que se pode. Pedro Camargo, autor do livro "Eu compro, sim! Mas a culpa é dos hormônios" e especialista em Neuromarketing e biologia do consumidor, explica que este é um hábito tanto das mulheres quanto dos homens, mas que é possível, sim, comprar menos. Saiba como evitar o consumo desenfreado de fim de ano - e também do dia a dia!
CINCO DICAS PARA NÃO CONSUMIR DEMAIS
1. Evite fazer compras durante o período de ovulação: Pedro diz que neste momento as mulheres estão mais propícias a consumir mais do que deveriam. "Durante a ovulação é quando elas compram muito. Isso porque elas ficam mais exuberantes, com os cabelos mais sedosos, olhos mais vivos. Nesta fase a mulher se enfeita muito e compra mais porque precisa se 'exibir' mais", afirma. "Na TPM, por exemplo, provavelmente elas vão consumir mais chocolate e alimentos que as ajudem no humor." Por isso, meninas, controlem o seu ciclo menstrual!
2. Não saia com cartão de crédito ou débito, mas sim com dinheiro na carteira:
O motivo é simples: com o cartao de crédito, você gasta mais. Já com o dinheiro se limita a comprar aquilo que o que tem lhe permitir. "Os cartões 'enganam' a ínsula cerebral, área que processa o medo. Quando você dá dinheiro para o caixa da loja (imagine-se dando 560 reais em notas de dez) a sua ínsula se ativa porque o dinheiro fica com o caixa. Você não fica com nada e isso lhe dá medo. Por outro lado, se você passa o cartão de crédito ou débito, a pessoa do caixa te devolve o plástico e parece que não há perda. É assim que se gasta mais", diz Pedro. Se for presentear alguém, determine um valor antes de sair de casa, coloque essa quantia na carteira e procure algo que possa consumir.
3. Antes de sair às compras, veja aquilo que têm no armário: Nina Garcia, autora do livro "Estratégia de estilo: o guia para fugir das armadilhas do consumismo fashion" e diretora de criação da Marie Claire americana, diz que, na maioria das vezes, compramos tanto que não conseguimos perceber aquilo que já temos no armário. Então, que tal fazer uma limpa? Coloque uma trilha sonora, veja tudo o que tem, fique com as peças essenciais e doe o restante. Se você cuidar bem delas, não precisará comprar novas. Algumas roupas e acessórios são eternos.
Antes de sair para as compras, verifique o que você já tem no armário (Foto: Divulgação/Imdb)
4. Compre o que precisa: Tudo bem que você quer muito comprar um vestido novo para o Natal ou o Ano Novo, mas será que já não tem um no armário que pode usar de uma forma diferente? Para Nina, uma solução é reinventar uma roupa. Marque a cintura do vestido com um cinto ou peça para a costureira transformar o longo em curto. Pense e encontre uma maneira de economizar e focar naquilo que é necessário. Se você precisa presentear as pessoas, opte por gastar dinheiro com isso e deixe para comprar uma roupa em  outra ocasião.
5. Consiga prazer com outras atividades: Correr, sair para dançar, beijar são atividades que podem proporcionar a mesma sensação de prazer da de consumir. "O nosso prazer não é pelo produto, mas quase sempre pelo ato da compra. O prazer no cérebro pode ser provocado por várias atividades também, não só no shopping, portanto faça um esporte radical para te ajudar a suprir essa necessidade. Assim, a dopamina, aquele neurotransmissor do 'quero mais', baixa seus níveis e você fica feliz", diz o especialista.

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