‘Senti o peso de ser rainha’ admite Juliana Alves, da Unidos da Tijuca
Reinando à frente da bateria da agremiação carioca, a atriz conta que teve espécie de transe ao pisar na Avenida em 2013, sua estreia na escola.
Em seu segundo ano no posto, a atriz - que ficou conhecida em 2003 ao participar do 'BBB3 - diz que aprendeu a relaxar no que diz respeito à vaidade com o corpo, que não liga para o assédio da imprensa, mas que precisa controlar a emoção.
Juliana agora também tem uma espécie de corte real composta por dois estilistas e uma maquiadora. Luxo? “Eu me dei esse luxo, sim. Ano passado, ficava me ocupando muito vendo a roupa que ia usar no ensaio, a maquiagem e, muitas vezes, não tinha uma pessoa comigo ajustada com a minha agenda. Esse é um estresse que eu não preciso ter mais”, diz ela, sem qualquer afetação.
A atriz é a sexta beldade a posar para a série especial de carnaval, que homenageia os 30 anos da Marquês de Sapucaí ao relembrar um grande enredo de cada uma das agremiações do grupo especial. Para Juliana Alves e sua Unidos da Tijuca coube posar no cenário futurista do "Instituto Oi Futuro", no Rio de Janeiro, para revisitar o enredo “É segredo”, de 2010. E qual o segredo de Juliana? Descubra abaixo:
Linda, ela ela revela seus segredos
Delícias do segundo ano “Tudo é muito parecido com o ano passado. Tem uma insegurança porque você está representando muitas pessoas e é uma responsabilidade grande. Tem uma coisa muito boa, que é o fato da comunidade ter me abraçado. Mas ainda sinto um friozinho da barriga da estreia.”
Não funcionou!
“Ano passado, eu dançava muito. Não era só samba. Este ano não estou tão apegada a coisas que invento em termos de passos. Ano passado, na Avenida, eu senti o peso de ser rainha. Por mais que o ensaio técnico tenha sido muito bom, lá tem uma emoção que não cabe no peito, e isso te faz sentir diferente. Eu estava muito feliz, tão emocionada, que não estava dando conta daquilo que estava acontecendo. A impressão que eu tive é que eu fiquei maravilhada. Para 2014 tenho o objetivo pessoal de melhora minha performance emocional. O samba no pé rolou, apresentei a bateria, foi bom, mas acho que ainda posso melhorar mais. Sou exigente (risos).”
Assédio na avenida
“O assédio foi a parte mais tranquila (risos). Mas procuro ter muito cuidado com a minha imagem. Ser atriz me faz ter essa responsabilidade.”
Sensualidade
“No meu dia a dia, não gosto de me expor, usar roupa sensual, curta. O que me ajudou a ficar um pouco mais tranquila é que fiz dança a vida inteira. E, na dança, às vezes você expõe o corpo, mas não tem sensualidade. Levo o carnaval para esse lado. E também acho que a postura que você tem dentro da roupa fala mais do que a roupa em si. Mas quando tem uma coisa mais curta, por causa do contexto do carnaval, não fico tão preocupada.”
Identidade de rainha.
“Acho que sou uma artista do samba. Ser artista é uma coisa que está no meu sangue, e ser sambista também. Então acho que sou isso.”
“Esse ano, meu objetivo é o condicionamento físico para uma apresentação mais artística na Avenida. Ano passado, tive mais preocupação com o corpo. Se eu melhorasse o corpo agora, seria legal, mas não é uma coisa que me mobiliza mais, não mais do que estar com um condicionamento físico para sambar, sorrir e dançar. Isso vale mais do que se eu perder uns centímetros a mais de cintura. Faço só ginástica para tudo ser divertido e feliz. Quando dá, faço circuito com o Bebeto Cardoso. Tento ir três vezes por semana. Nele alterno aeróbico, exercício funcional e aparelho. Quando dá mais, vou só para fazer aparelho para acelerar meu metabolismo.”
Equipe da rainha
“Eu me dei esse luxo. Agora tenho duas pessoas que me ajudam a me vestir, uma maquiadora. Ano passado, uma coisa que não foi tão legal é que eu ficava me ocupando muito vendo a roupa que ia para o ensaio, a maquiagem e, muitas vezes, não tinha uma pessoa comigo ajustada com a minha agenda. Agora, todo mundo que está comigo ajustadinho, dentro do processo. Esse é um estresse que eu não preciso ter mais. E também para fazer jus. A Tijuca merece esse cuidado.”
Fantasia
“Só vi o desenho até agora. Mas o Paulo Barros (carnavalesco) dá muita liberdade para o Edmilson Lima (estilista). Então, da próxima vez que eu for ver a roupa, tudo pode ter mudado."
Orgulho de rainha
"Eu me orgulho de conseguir conciliar a vida e ser uma representante do mundo do samba. Estou ali no glamour todo, mas estou representando uma comunidade, que tem uma identidade cultural. E isso é mais forte do que essa festa de plumas e paetês que a gente acaba fazendo. Isso que é fundamental, é disso que eu me orgulho."
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