Geisy Arruda e Valesca Popozuda, que apoiaram campanha contra estupro, opinam sobre novo resultado de pesquisa

Geisy Arruda entra na onda de Valesca Popozuda e protesta de topless: ‘Não mereço ser estuprada’ Foto: Instagram

Geisy Arruda não se arrepende de postar a polêmica foto em que aparece nua apoiando a campanha contra o estupro, mesmo depois de saber que a pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estava errada. O órgão do governo federal informou, nesta sexta-feira, que, na verdade, são 26% das pessoas que apoiam ataques a mulheres, e não 65%, como divulgado anteriormente.
— Fiz e não me arrependo. Faria tudo da mesma forma, mesmo sabendo que foram 26%, ou se tivesse sido 10%, 5%, 1%... Eu me senti na obrigação de fazer porque sofri bullying, preconceito por causa de uma roupa. A minha ideia foi causar impacto, chamar a atenção. Por isso, tirei a foto daquela maneira — garante Geisy.
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Quem também continua apoiando a campanha, mesmo depois do anúncio de que a pesquisa foi divulgada errada, é Valesca Popozuda.
— Eu já tinha achado muito estranho o resultado dessa pesquisa. Era preciso saber como a pergunta tinha sido feita, mas de qualquer forma nada justifica nenhum tipo de violência contra as mulheres — disse a funkeira.

Valesca Popozuda posta foto nua com taco de beisebol para protestar contra o estupro Foto: / Reprodução Facebook

Geisy concorda. Para ela, uma campanha como “Eu não mereço ser estuprada” não deveria existir, pelo simples fato de que as pessoas não deveriam achar que uma roupa justa é motivo para atacar uma mulher:
— As pessoas precisam abrir a cabeça. Nossa sociedade ainda tem um preconceito grande em relação à vestimenta.
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Geisy lembra que apesar da grande repercussão, a foto polêmica teve uma repercussão negativa para ela.
— Teve um perfil fake que publicou uma foto como se eu tivesse cometido um erro de português — diz a loira, que nem assim desanima da campanha: — Ainda assim, reforço que faria tudo de novo.
Após o anúncio de que a pesquisa foi divulgada errada, o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, pediu exoneração, de acordo com o instituto.