Você já sentiu dor na lateral da barriga durante o exercício?
Quanto mais o tronco se movimenta, maiores são as chances de sentir a dor (Foto: Reprodução)
Se você um dia tentou fazer um exercício mais intenso, já deve ter sentido essa dor.
Ela surge repentinamente, na lateral da sua barriga, e as pontadas fazem com que algo já complicado se torne quase impossível.
Não se sinta mal e jogue a culpa no sedentarismo, pois até atletas de elite sofrem com ela.
Algumas técnicas para tentar evitá-la são comuns, como inspirar pelo nariz e expirar pela boca, ou não comer nada algumas horas antes do exercício. Mas, infelizmente, nem sempre as táticas funcionam.
O nome científico da incômoda sensação é dor abdominal transitória relacionada ao exercício, ou ETAP(Exercise-Related Transient Abdominal Pain), e ela é sentida por aproximadamente 75% das pessoas que praticam corrida de rua.
Independente do nível. Infelizmente, a medicina não possui
recomendações sobre como evitar o problema, pois não sabe realmente qual
é a causa.
Isso acontece porque existem poucos estudos sobre o assunto, mas o que está disponível mostra algumas características interessantes. As ocorrências são maiores em jovens, e quanto mais velho o praticante da atividade física, menor é a incidência.
Quanto mais o tronco se movimenta, maiores são as chances de sentir a dor, por isso são mais frequentes os casos em praticantes de corrida ou natação.
Apesar de a ETAP aparecer independente do condicionamento físico, atletas possuem uma menor incidência relativa, mas quando a dor ocorre, a intensidade é a mesma da que sente um atleta de fim de semana.
Em outro estudo, quando atletas foram questionados sobre a dor, metade apontou como motivo o consumo de bebidas ou alimentos, e um dos estudos existentes comprova isso.
Durante os testes, foram fornecidos vários tipos de bebidas, e as que continham alta concentração de açúcar causaram mais dores; já índice de massa corporal, tipo de corpo e gênero não tiveram ligação comprovada com o surgimento da sensação.
Algumas teorias tentam explicar o problema, mas acabam caindo sempre na exceção. Uma delas diz que a dor é causada por falta de sangue para o diafragma e, em consequência, menos oxigênio.
Mas o problema é que existem muitos relatos de dor durante atividades
que possuem exigência física, mas não elevam o ritmo cardíaco, como
cavalgadas. Outras teorias incluem problemas de postura, excesso de
pressão sobre os órgãos e o revestimento que os segura no lugar.
Falta interesse?
A falta de estudos sobre o assunto tem um bom motivo. O quiroprata do esporte Brad Muir diz que o grande empecilho em se elaborar uma pesquisa é que existem muitos componentes influenciando o problema.
Ele explica que quatro pessoas podem apresentar a dor do lado direito, mas logo depois outras três a sentem no lado esquerdo. Além disso, mesmo seguindo recomendações específicas, ela aparece de forma inesperada.
A dica de Munir é conhecer o próprio corpo. Siga as recomendações, mas sempre lembre o que você fez antes de sentir o incômodo; a partir disso, tente modificar algo que possa ter causado a dor.
Ele lembra também que a dor deve parar logo que o exercício é interrompido; se ela continuar, é preciso procurar atendimento médico para investigar outros problemas que possam estar causando o incômodo.
Mega Curioso
Ela surge repentinamente, na lateral da sua barriga, e as pontadas fazem com que algo já complicado se torne quase impossível.
Não se sinta mal e jogue a culpa no sedentarismo, pois até atletas de elite sofrem com ela.
Algumas técnicas para tentar evitá-la são comuns, como inspirar pelo nariz e expirar pela boca, ou não comer nada algumas horas antes do exercício. Mas, infelizmente, nem sempre as táticas funcionam.
ETAP
Em outro estudo, quando atletas foram questionados sobre a dor, metade
apontou como motivo o consumo de bebidas ou alimentos
(Foto:Reprodução)
O nome científico da incômoda sensação é dor abdominal transitória relacionada ao exercício, ou ETAP(Exercise-Related Transient Abdominal Pain), e ela é sentida por aproximadamente 75% das pessoas que praticam corrida de rua.
Isso acontece porque existem poucos estudos sobre o assunto, mas o que está disponível mostra algumas características interessantes. As ocorrências são maiores em jovens, e quanto mais velho o praticante da atividade física, menor é a incidência.
Quanto mais o tronco se movimenta, maiores são as chances de sentir a dor, por isso são mais frequentes os casos em praticantes de corrida ou natação.
Apesar de a ETAP aparecer independente do condicionamento físico, atletas possuem uma menor incidência relativa, mas quando a dor ocorre, a intensidade é a mesma da que sente um atleta de fim de semana.
Em outro estudo, quando atletas foram questionados sobre a dor, metade apontou como motivo o consumo de bebidas ou alimentos, e um dos estudos existentes comprova isso.
Durante os testes, foram fornecidos vários tipos de bebidas, e as que continham alta concentração de açúcar causaram mais dores; já índice de massa corporal, tipo de corpo e gênero não tiveram ligação comprovada com o surgimento da sensação.
Teorias
Mas o problema é que existem muitos relatos de dor durante
atividades que possuem exigência física
(Foto: Reprodução)
Algumas teorias tentam explicar o problema, mas acabam caindo sempre na exceção. Uma delas diz que a dor é causada por falta de sangue para o diafragma e, em consequência, menos oxigênio.
Falta interesse?
A falta de estudos sobre o assunto tem um bom motivo. O quiroprata do esporte Brad Muir diz que o grande empecilho em se elaborar uma pesquisa é que existem muitos componentes influenciando o problema.
Ele explica que quatro pessoas podem apresentar a dor do lado direito, mas logo depois outras três a sentem no lado esquerdo. Além disso, mesmo seguindo recomendações específicas, ela aparece de forma inesperada.
A dica de Munir é conhecer o próprio corpo. Siga as recomendações, mas sempre lembre o que você fez antes de sentir o incômodo; a partir disso, tente modificar algo que possa ter causado a dor.
Ele lembra também que a dor deve parar logo que o exercício é interrompido; se ela continuar, é preciso procurar atendimento médico para investigar outros problemas que possam estar causando o incômodo.
Mega Curioso
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