Gracyanne Barbosa faz ensaio para o carnaval
Gracyanne Barbosa: "Sou menos vaidosa que o Belo"
Rainha de bateria da X-9 Paulistana, a ex-dançarina posou para um ensaio exclusivo e contou a QUEM quando planeja vivenciar sua primeira gravidez. Além de explicar como tem se preparado para o desfile de Carnaval deste ano, ela também confessou que o marido é ciumento e falou como encontra estímulo para cuidar da saúde e boa forma
Em um bate-papo bem humorado entre uma fantasia e outra, a dançarina explicou como tem sido a preparação para sua estreia como rainha de bateria da X9-Paulistana, a relação com o marido, Belo, com quem é casada desde 18 de maio de 2012, e os planos para se tornar mãe. Apesar de ser exemplo de corpo esculpido com muito esforço, Gracyanne também confessou: “Tenho preguiça de malhar. Sou como todo mundo e, às vezes, não vou.”
Gracyanne Barbosa: Sou menos que o Belo e me arrumo mais rápido que ele. Sou mais básica, cuido mais da pele e do cabelo. Como não tenho paciência, uso pouquíssimo make: batom, blush e nada nos olhos. Costumo pensar no que vou vestir enquanto tomo banho. Escolho, visto e fico pronta logo. Já o Belo troca de roupa umas dez vezes (risos) e tem aquela mania que perguntar: “Está bom?”. Por isso, é mais fácil eu dar pitaco nas roupas dele do que ele nas minhas.
QUEM: Ele é ciumento quanto a decote e roupas curtas?
GB: Ele é uma pessoa ciumenta, mas com roupa é tranquilo. Pode usar decote, se o ambiente em que estarei permitir, claro. Costumo usar roupas curtas para eventos, já que também trabalho com minha imagem.
QUEM: Em que sentido ele é ciumento?
GB: Ele sempre quer atenção, ficar perto. Ele quer atenção 100% para ele (risos). Tem ciúmes até dos cachorros lá de casa (raças). Ele sempre costuma ligar, manter contato, se preocupa e me pergunta como estou.
QUEM: Para o desfile deste ano, você mudou alguma coisa na preparação?
GB: Não fiz mudança. Ano passado, emagreci muito, estava com 10 quilos a menos. Não fico magra, fico seca e não gosto muito. Prefiro como estou agora. Perder peso aconteceu porque, se um ensaio em São Paulo leva duas horas, lá no Rio ele demora cinco horas. É um processo inevitável no Carnaval. Comecei os ensaios em outubro e, a partir de janeiro, diminui um pouco a malhação, por conta da quantidade de ensaios. Também não mudei a alimentação.
QUEM: O que a X9-Paulistana possui de diferente de outras comunidades?
GB: Sinto que a escola é uma grande família. Todo mundo que vai aos ensaios canta e sabe o samba de cor. Eles me receberam bem desde o começo. Quando estava aprendendo a letra, eles cantavam junto e me estimularam.
GB: Estava com vontade de voltar porque fiquei dois anos fora. Nos anos anteriores, me exigiram exclusividade, não pude vir e senti saudade. Sou muito bem recebida aqui e as estruturas das escolas de São Paulo e do Rio de Janeiro se equipararam.
QUEM: Você costuma divulgar sua dedicação à saúde na Internet. O que é mais desafiador em seu, como costuma chamar, Projeto Gracyanne?
GB: O mais difícil é passar para as pessoas que tenham vida saudável e qualidade de vida, mas que não sejam necessariamente como eu. O importante é se exercitar, ter educação alimentar bacana, independente de mim.
QUEM: Críticas são comuns quando esse trabalho é compartilhado. Como você as vê?
GB: Hoje em dia, tenho recebido menos críticas por conta, principalmente, das redes sociais. Já fui vista como neurótica, mas, com a divulgação de como me cuido, as pessoas têm me visto de maneira diferente e estão até divulgando. Por isso que elas [as críticas] diminuíram: elas podem acompanhar e conhecer. Me cuido há 15 anos e existe gente que ainda se surpreende.
QUEM: Como o que você se estimula a manter o cuidado com o corpo?
GB: Quando era mais nova, malhava porque jogava vôlei em Mato Grosso do Sul. Era muito magrinha e, aos 12 anos, fiz malhação de acordo com minha idade. Eram exercícios específicos para os jogos. Mesmo assim, não conseguia acompanhar o time porque era a mais nova. Então, segui em frente e foi fácil porque foi um processo lento. As pessoas costumam malhar e notam mudanças em três meses; levei 6 anos para conseguir sentir mudanças. Tenho preguiça de malhar. Sou como todo mundo e, às vezes, não vou. Ontem, por exemplo, tive ensaio, até fiquei com preguiça hoje, mas fui de manhã.
GB: Elas não são atraentes, concordo com quem não acha. Eu me acostumei com elas, acho gostoso e sinto, inclusive, falta. Se me trouxer uma macarronada, não sinto vontade. Sinto que meu organismo mudou para melhor com elas. Chocolate, por exemplo, passei a não gostar. Tudo o que eu como eu gosto. O segredo é não se obrigar. Se não gosta de batata doce [exemplo de queridinha entre os nutricionistas], não é preciso comer. Substituir é o grande lance: se alimentar do que gosta para não deixar de manter o hábito com o tempo.
QUEM: Recentemente, Gisele Bündchen contou que não toma refrigerante há dez anos. Você também o cortou do cardápio?
GB: Não tomo há 20 anos. Em casa, minha mãe dava para nós somente aos finais de semana. Eu já não gostava muito, então, foi fácil perder o hábito.
QUEM: O Belo desfilará com você no Carnaval deste ano?
GB: Não sei. Não perguntei a ele ainda, mas acho que sim. Ele vai aos ensaios, coisa que ele não fazia no Rio. Lá ele é Beija-Flor e não abre mão.
GB: Eu sambo melhor (risos). Mas ele é tímido e samba só em casa. Morre de vergonha, mas é muito bom.
E foi nessa hora, que o cantor fez aquela rápida visita aos bastidores do ensaio para dar um beijinho na amada. Já que o assunto era desfile, o cantor mesmo contou antes de sair que, apesar de gostar muito de samba, é daqueles que prefere mais assistir do que participar. Mas, talvez, vista a camisa da ala da diretoria no Anhembi.
Casamento e intimidade
QUEM: Além de receber o apoio dele no samba, como o casal se fortalece no dia a dia?
GB: A gente é um casal que toma decisões junto. Tocava o escritório dele quando podia. Até hoje decidimos os contratos juntos pelo bem conjunto. Já tive ótima oportunidade de ir para o exterior e não fui porque não seria o melhor para a gente. Aprendi a ser mais coração com ele, que é mão aberta e mais emoção. Sou mais razão. Nem sempre, às vezes erramos, mas procuramos um equilíbrio.
GB: A gente não é muito de data. Quando estamos juntos e a agenda nos permite, comemoramos com alguma coisa, um jantar.
QUEM: Quais têm sido os momentos mais prazerosos do casamento?
GB: São os momentos que a gente consegue estar junto em casa. Os melhores são os mais simples. Mesmo que pouco, a gente consegue. Montamos um cinema em casa e é bom curtir. O problema é quando as sessões começam tarde, às 2 horas da manhã. Como acordo às 6 horas, costumo já ficar com sono por volta das 22h, quando já não consigo mais falar coisas com nexo (risos).
QUEM: E os mais desafiadores?
GB: Nosso casamento é muito recente. Como casal, não tem problema ou discussão. O mais difícil é conciliar agendas, já que faço eventos em dia de semana geralmente e ele se apresenta aos fins de semana. Ele me cobra para organizar de forma que possamos nos ver. Por ele, eu ficava em casa e não trabalhava mais (risos). Não sou assim, sou mais racional. Penso em comprar um apartamento [para se solidificarem], não sei o dia de amanhã. Nós dois temos família para sustentar e não me vejo sendo sustentada por ele. Ele é mais emoção e não pensa muito.
QUEM: O que você mais gosta e menos gosta em Belo?
GB: Ele é muito carinhoso comigo, faz o melhor para mim. Ele é muito coração. O que fico louca é quando ele tem um “déficit de atenção” e se esquece das coisas (risos). Tenho que falar umas cincos vezes. Mas, se você fala baixinho, como se fosse fofoca, ele fica prestando atenção (risos).
GB: Todo o casal tem esse negócio de “amorzinho” para cá, “benzinho” para lá. Ele me dizia: “Você é toda grande, tão ão, é tudão”. Assim ficou e passamos a nos chamar assim, desde quando namorávamos.
Maternidade
QUEM: Ano passado você contou que gostaria de se tornar mãe e até sonhava em desfilar grávida um dia. Por que preferiu que esse momento não acontecesse agora?
GB: Não fiquei grávida por conta dos trabalhos e contratos. Quero ter segurança financeira para ser mãe e não precisar trabalhar para cuidar do bebê.
QUEM: O sonho de ser mãe existe? Você tem se planejado para isso?
GB: Esse sonho é latente. Quero ser mãe, se possível, em 2016 e estou me planejando para que isso possa acontecer. Tenho me preparado financeiramente, mas já me sinto, desde ano passado, preparada, segura e com responsabilidade suficiente.
QUEM: Tem treinado com os parentes mais novinhos?
GB: Tenho medo de pegar em bebezinho, fico meio sem jeito e acho que posso machucar. Quando meu afilhado [Fábio Gabriel] era bem pequeno, tinha medo. Agora ele está com 3 anos e fica mais fácil. Já o Belo tem super jeito, já tem quatro filhos [Arthur Paulo, Paula Cristina, Isadora e Ingrid] e uma neta [Haney]. Levo meu afilhado ao parque e é tranquilo quando ele está se divertindo, mas, quando chora, fico assustada e não sei o que fazer, como chamar a atenção de uma criança (risos). O Belo que me dá dicas e dizem que, quando eu me tornar mãe de fato, aprenderei. Na família, todo mundo já pede. Dizem que já está na hora de eu ter um bebezinho.
GB: No começo, Belo queria ter alguns (risos). Hoje em dia, ele pensa melhor. Talvez um ou um casal. Temos uma família grande que depende da gente financeiramente e cuidar de uma criança já é muito difícil. Prefiro ter um menino primeiro porque acho mais fácil. Não sei se saberei vestir uma menina e deixá-la toda arrumadinha, com lacinho. O Belo já prefere uma menina antes. Assim que tivermos o primeiro, vamos ver se teremos o segundo.
Comparações
QUEM: No Carnaval, é comum as pessoas fazerem comparação e até eleger a grande musa da folia. Como você se posiciona nessas situações?
GB: Acho que a comparação é super normal. Sempre procuro estar bem, sambar bem e desfilar bem. Mas sei que sou muito nova no Carnaval, desde 2007. E há gente mais antiga que merece [o posto]. A Luiza Brunet, por exemplo, desfilou linda por muitos anos, pode ser apontada como uma. Sou a favor da competição saudável, mas não gosto quando a comparação chega ao âmbito pessoal.
QUEM: Você se inspira em quem para desfilar?
GB: Me inspiro nas passistas. Elas que me ensinam, dão as manhas. O que aprendi de 2007 para cá foi incrível.
GB: Estou focada no fitness, além de fechar recentemente com uma marca para divulgar produtos, dou palestras motivacionais. Já viajei para Miami e devo ir para Roma este ano.
QUEM: Tem algo no corpo que você não gosta? Como lida com isso?
GB: Estou satisfeita com meu corpo de hoje. Às vezes, olho no espelho e não gosto de algumas coisas, implico com minha cintura.
QUEM: O que você pode dizer para as mulheres, que costumam se preocupar com o corpo?
GB: Não existe perfeição. Tem que buscar o melhor, mas respeitar o biótipo. Nunca serei mulher mignon, por exemplo, apesar de gostar de quem é assim.
Styling: Letícia Santos e Luísa Azevedo (3xt)
Fotografia: Cauê Moreno
Assistente de fotografia: Jeferson Soares
Agradecimentos
Look com penas azuis:
Brincos - MyGloss
Botas - Fernando Pires
Look com maiô de brilhos:
Maiô - Walério Araújo
Cabeça - Walério Araújo
Brincos - MyGloss
Look bíquini vermelho:
Sapatos - Fernando Pires
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