Ana Paula Evangelista nao é mais a rainha de bateria Mocidade Independente de Padre Miguel
"Até ontem eu era a rainha de bateria. Foi uma surpresa muito grande", lamentou Ana Paula Evangelista, que mudou de país e largou o noivo para desfilar no posto
"Fiquei surpresa, desanimada, triste. Tudo que eu vi foi pela imprensa. Não me foi comunicado nada", afirmou.
"Foi uma surpresa muito grande. Eu achava que eram boatos. Na segunda-feira, fui no Barracão para conversar com o presidente Wandyr Trindade, o Macumba. Ele estava com o jornal na mão e queria esclarecer. Ele disse, 'você é sim nossa rainha, você foi escolhida pela comunidade. Pode ficar tranquila que não vai mudar'. Eu acreditei nas palavras", contou.
Para ela, seu afastamento pode ter acontecido por mudanças na diretoria da agremiação. "Tem outras pessoas que estão chegando na escola, que eu não conheço", suspeita. Em uma publicação nas redes sociais, ela desabafou: nem sempre "beleza, simpatia e samba no pé são suficientes" para conseguir "chegar onde ela chegou com integridade".
Apoio da comunidade
O que consola Ana Paula (que diz ter saído de casa, largado o trabalho e perdido um noivo na tentativa de realizar o sonho e se tornar rainha de bateria da Mocidade) é o apoio que recebeu de seus colegas. "Quando aconteceram esses boatos, toda a escola pediu para eu ficar. As baianas, o conselho... Diziam que a rainha era a escolha da comunidade", disse.
"Eu deixo a comunidade responder por mim. Não consegui comer hoje porque está todo mundo me ligando, inúmeras mensagens no Facebook, Whatsapp. Estão achando injusto", relatou.
"Larguei casa, trabalho, noivo para realizar esse sonho. E cheguei muito perto. É difícil valorizarem a menina da comunidade, sambista. Mas valeu a pena, foram sete meses. Não vou fazer o desfile da Sapucaí, mas fui a rainha. Era o meu nome que eles gritavam", desabafa.
Sobre os planos futuros no Carnaval, Ana Paula está indecisa. "Já recebi convite para ser musa de outras escolas, mas não sei. Eu sempre fui Mocidade."
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