Conheça as modelos que seduzem os viajantes em outdoors espalhados pela Via Dutra
— Saio para comprar roupas, e as pessoas dizem: “É a menina do outdoor”. Trocamos telefone, e-mail, já tenho mais de duas mil pessoas no Face — conta a professora, “descoberta” na festa de 2 anos do irmão caçula:
— A Claudia (mulher do fundador da grife) é prima do meu padrasto. Na festa, disse que eu e minha irmã éramos bonitas, mas não estava procurando modelo. Quando precisou de alguém, ela se lembrou “da filha da Simone, que mora no bairro...”.
Hoje, a vida da professora mudou. Seus colegas do curso normal vivem passando mensagens com fotos do outdoor tiradas na Dutra. Glauce já recebeu outros convites, mas só poderá aceitar quando terminar o contrato. É modelo exclusiva. E já incorporou o estilo da profissão.
— Eu já tive minha fase “Glauce gostosa”. Estou numa fase “Glauce bonita”. Não tenho mais as pernonas, a bunda tão grande nem cinturinha tão fina. Meu manequim é 36 — diz a moça, que na vida real dá aulas particulares, cuida do irmãozinho e, pé no chão, espera conquistar a independência passando em concurso público, um perfil bem fiel ao público da grife.
Mas nem todas as beldades que emolduraram a Via Dutra conhecem a Baixada. É o caso da modelo catarinense Yasmin Coelho, de 19 anos, uma das muitas belas sulistas que estrelam as campanhas de verão das grifes no Rio.
— Foi minha primeira grande campanha de moda praia e me ajudou a montar meu próprio material. Levei essas fotos para o México — conta a jovem modelo.
Ela se enquadra no perfil procurado pelo setor: modelos curvilíneas, morenas e sensuais. Quem assinou as fotos foi Rodrigo Melo, catarinense especializado em moda-praia, responsável por vários outdoors de grifes.
— Minha mulher não tem ciúme. As pessoas fantasiam, mas a gente começa às 5h, carrega material, fica sem comer. É pauleira.
Ah, coitado!
Beleza bem natural e mais curvilínea
Vez por outra, um engraçadinho liga da estrada para o telefone do outdoor tentando contato com a modelo, dizem as equipes das grifes. O motivo é claro. Nos painéis da Dutra, não tem lugar para as magrelas das passarelas. Os motoristas babam.
— Eu prefiro as curvilíneas, chamam mais atenção. Muito seca não dá, não — diz o gerente Ricardo Lima dos Santos, de 34 anos.
Já o garçom Alexandre Fernandes, de 36, é radical:
— Gosto ao natural, gorda, magra, mulher é mulher. Botou silicone, não é mais mulher, é metamorfose.
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